Cada eleição é um Deus nos acuda, visito diversos clientes que precisam de ajuda em suas redes sociais, outros precisam de milagres e, convenhamos, milagres não existem, o que, de fato, existe é planejamento, alinhamento de discurso e trabalho, muito trabalho.
No que tange a campanha política digital cada ano eleitoral tem suas peculiaridades e desafios. As regras mudam e quem não sabe como o jogo funciona acaba engolido por aqueles que investem tempo e recursos em estratégias assertivas.
Cada vez mais as redes sociais tem fechado o cerco, bloqueando API’s e tornando a vida dos falastrões do marketing digital mais difícil. Vejo esses bloqueios com bons olhos. Supostos profissionais que vendem soluções prontas, prometem rios de curtidas e compartilhamentos tem aos montes.
Para tornar a ideia mais clara serei direto, o bloqueio as ferramentas de terceiros que prometem compartilhamento automático e aumento repentino de fãs e seguidores, em sua maioria não segmentados, já não funcionam mais ou se funcionam vão fazer entregas cada vez piores. Fãs e seguidores da Indonésia só servem para inflar o ego, já pouco inflado, de postulantes aos cargos eletivos.
Sendo franco, essas estratégias nunca deram resultados reais, não é possível converter um fã artificial em voto.
A classe política está viciada em joinhas e tem se preocupado cada vez menos com o conteúdo, e essa vaidade pode por todo um projeto a perder. O eleitor quer saber o que pensa o candidato, suas bandeiras, ideologias e projetos caso seja eleito. O eleitor mudou e a classe política insiste em não mudar.
Parabenizar o médico pelo dia do estetoscópio, um seguidor pelo seu aniversário ou frases motivacionais, são complemento de trabalho e não o trabalho em si. É preciso trazer dados, buscar referências e produzir conteúdo atrativo.
Por isso, mais importante do que ter alguém para “cuidar” das redes sociais é fundamental que o candidato tenha um consultor de estratégia digital que fornecerá informações importantes para a produção do material, como o perfil do público ou até mesmo como falar com o público que o candidato ainda não consegue atingir.