Temos que falar sobre o ciúme. Baseado nos meus textos, duas pessoas distintas me pediram algo relacionado ao ciúme, cada pessoa com uma abordagem diferente e uma necessidade diferente. Confesso, me fez pensar e avaliar. O que é o ciúme senão um medo de perder aquela pessoa que estimamos muito? Mas, perder? Isso nos direciona para um sentimento de posse, como podemos perder algo que não é nosso? Afinal, ninguém tem propriedade sobre nada, nem mesmo sobre a própria vida, do contrário não seríamos surpreendidos constantemente pelas voltas que a vida dá.
Claro que preciso defender o ciúme, ele faz parte de qualquer relacionamento, não é errado, não é negativo. Particularmente, considero que o ciúme é bom para um relacionamento, gosto quando posso contornar uma crise de ciúme, principalmente aquele ciúme mais bobo. Acho que como tudo na vida é preciso de parcimônia, deve ser dosado, para não cruzar a tênue linha do que é ciúme e do que é possessividade.
Uma crise de ciúme não deve, nunca, se transformar em discussão, em briga ou ainda em agressão, aliás, agressão não deve existir em momento algum, mesmo a agressão verbal. Enquanto escrevo esse texto falo com outra amiga sobre relacionamentos, e o que é um relacionamento senão um constante exercício onde todos os dias devemos cuidar para que a chama não se apague, onde o ostracismo do lugar comum e da comodidade não cheguem? E é assim com o ciúme, ele deve ser exposto, sem carga negativa, sem pressão. Cabe a cada um saber como trabalhar com o ciúme e quando falamos de uma relação, não cabe apenas ao lado ciumento, o outro lado deverá também trabalhar para que os motivadores desse ciúme deixem de existir ou sejam amenizados. Lembrando sempre que somos co-responsáveis por tudo que acontece.
Falando em ciúme, você é uma pessoa ciumenta?
Paulo Macedo é um dos fundadores do Portal Osasco Notícias e especialista em comunicação digital. Escreve em sua coluna sobre cotidiano, redes sociais, comunicação e política. Siga no Instagram: @iPauloMacedo