O Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) da Polícia Militar utilizou um equipamento de mapa de calor para constatar que Adilson Custódio Moreira, secretário-adjunto de Segurança de Osasco, já estava morto enquanto o guarda civil Henrique Marival de Souza era negociado para se render.
A tecnologia revelou que apenas uma pessoa se movia no ambiente, indicando que Adilson havia sido assassinado antes do início das negociações. Diante dessa informação, a postura do GATE mudou, intensificando a pressão para que o agressor se entregasse.
Segundo as investigações, o crime ocorreu após uma discussão entre Adilson e Henrique sobre mudanças na escala de trabalho. Durante uma reunião na Sala Oval da prefeitura, Henrique sacou sua arma, atirou no secretário-adjunto e trancou a porta, mantendo-se no local por cerca de duas horas.
O GATE foi acionado para negociar a rendição, enquanto o prédio era isolado e funcionários evacuados. Ambulâncias, viaturas policiais e bombeiros permaneceram no entorno da prefeitura durante toda a operação.
Henrique, que já havia sido elogiado em 2017 por sua atuação na GCM, se entregou por volta das 19h30 e foi encaminhado ao 5º Distrito Policial de Osasco, onde será indiciado.
Adilson Custódio Moreira trabalhou por oito anos na Prefeitura de Osasco, atuando nas gestões dos prefeitos Rogério Lins e Gerson Pessoa. A Secretaria de Segurança Pública lamentou a morte e afirmou que exames periciais foram solicitados para complementar as investigações.
O episódio chocou a cidade e trouxe à tona discussões sobre o impacto das mudanças administrativas nos servidores públicos e a necessidade de suporte emocional e psicológico para agentes de segurança.