O município de Osasco, em São Paulo, inaugurou no mês passado a 16ª horta urbana da cidade com cultivo 100% orgânico como parte de um projeto que pretende implantar 100 hortas para gerar trabalho, renda e reduzir a insegurança alimentar da população em vulnerabilidade social.

O objetivo, ao mesmo tempo, é tornar produtivos espaços abandonados e depreciados.

As hortas integram um esforço da gestão municipal que visa a gerar uma condição de vida digna para pessoas em vulnerabilidade.

O projeto Agricultura Urbana oferece a colheita a preços acessíveis à população e 100% do arrecadado é distribuído entre os trabalhadores das hortas.

A mais recente horta inaugurada tem 2,5 mil metros quadrados de área e cultiva hortaliças como alfaces roxa, crespa e mimosa, rúcula, coentro, couve, salsinha e pimentão. Tudo livre de agrotóxicos e beneficiando diretamente sete famílias produtoras. Economia solidária Segundo a gestão municipal, a geração de renda ocorre de forma coletiva.

Os espaços utilizados podem ser públicos ou privados e o cultivo obedece aos princípios da economia solidária, agroecologia, segurança alimentar e preservação do meio ambiente. Atualmente, as 16 hortas urbanas em operação têm o cultivo sob a responsabilidade de 62 agricultores ativos e a participação indireta de mais de 500 familiares dos agricultores.

“As hortas são muito importantes quando se trata de segurança alimentar, por produzir alimentos com qualidade e sem a utilização de agroquímicos. Temos como desafio chegar a 100 arranjos produtivos em nossa cidade. Trata-se de uma nobre missão de gerar emprego, trabalho e renda para as famílias, formando e capacitando-os em empreendimentos de Economia Solidária sob a ótica da autogestão”, disse Judite Costa, coordenadora do projeto Agricultura Urbana. Todas as hortas produzem alimentos com qualidade e sem a utilização de agroquímicos.

A gestora explica que os participantes passam por um acompanhamento técnico de dois anos. “Após esse período eles são monitorados se estão utilizando o espaço de comodato entre prefeituras e seus parceiros (Ennel, Exército, Transpetro) de acordo com os princípios da Economia Solidária”, disse.

Judite conta que os participantes do projeto são famílias de baixa renda que queiram gerar ou complementar sua renda, pessoas em vulnerabilidade social, grupos de inclusão social, além de pessoas que já estão aposentadas, querem uma ocupação e gostam de trabalhar na terra.

Após manifestar o interesse em participar das hortas, acrescenta a coordenadora, o candidato passa por um processo de entrevista, pré-incubação e incubação. “Analisamos o perfil do candidato, averiguamos a localização de sua moradia e se possível, o colocamos em uma horta que seja mais próxima de sua residência ou inserimos em uma horta com maior necessidade. Depois do candidato inserido, ele passará a receber orientações técnicas sobre o manejo de uma horta”, concluiu.

Local de atendimento para se inscrever e saber mais: Centro Público de Economia Popular e Solidária – Endereço: rua Minas Bogasian, 291, centro de Osasco. Informações pelo telefone: (11) 3683.6689.