Instituto de Criminalística afirma que peritos encontraram pedaços de parafusos rompidos, com sinais de oxidação, e indícios de infiltração no concreto da laje. Shopping segue fechado desde 8 de março
Na noite desta terça-feira (25), o Instituto de Criminalística de São Paulo divulgou o resultado do laudo do desabamento de parte do teto do Osasco Plaza Shopping, centro de compras localizado na região central de Osasco, fechado desde o último dia 8 de março, data do acidente.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), o Instituto de Criminalística é subordinado à Superintendência da Polícia Técnico Científica e atua para auxiliar a Justiça, fornecendo provas técnicas acerca de locais, materiais, objetos, instrumentos e pessoas, para a instrução de processos criminais. Peritos estiveram no local e, no laudo divulgado pelo portal “G1”, consta que o acidente foi causado “pelo rompimento de parafusos, por sobrecarga e oxidação da estrutura”.
No documento, foi constatado que antes da existência do estacionamento na laje, havia uma abertura – espécie de claraboia. Após passar por reforma, ela foi fechada com laje e capeamento asfáltico, constituindo a estrutura mista com vigas metálicas e lajes pré-moldadas.
Estas vigas metálicas possuíam chapas soldadas em suas extremidades, fixadas na estrutura já existente, com dois pares de parafusos em cada extremidade, totalizando oito parafusos. O técnico averiguou que o colapso de seis vigas no local do desabamento, aconteceu em virtude do rompimento dos parafusos.
Também foram encontrados pedaços de parafusos rompidos, com sinais de oxidação, e indícios de infiltração no concreto da laje. O incidente ocorreu na tarde do dia 8 de março, quando, ao menos cinco carros que estavam no estacionamento do centro de compras desabou, derrubando os veículos. Ninguém ficou ferido.
O empreendimento foi interditado por tempo indeterminado pela Prefeitura de Osasco, que também cassou o alvará de funcionamento do shopping. O Ministério Público de São Paulo (MPSP) abriu inquérito civil para apurar “eventuais irregularidades” e os “possíveis responsáveis” pelo desabamento.
Fonte Giro S/A