Prefeitura de Osasco

Um GCM que fazia serviço de segurança particular se envolveu em uma discussão na porta de uma casa de show em Osasco, efetuou disparos e foi baleado e morto pela Polícia Militar.

O caso aconteceu na madrugada deste sábado (8). Câmeras de monitoramento flagraram a ação. Cinco policiais militares, em duas viaturas, realizavam patrulhamento pela avenida João Ventura dos Santos, no bairro Portal D’Oeste, por volta de 1h50, quando escutaram o barulho de disparos de arma de fogo.

Pouco mais a frente, os agentes viram um homem, depois identificado como GCM Maurício Amorim Vidal, de 43 anos, efetuando disparos para o alto. Segundo a PM, ele também desferia chutes e gritava com um homem que estava caído no chão.

O homem caído ao solo era Mateus Barbosa dos Santos, que estava com a companheira Sabrina Ferreira Basílio da Silva, ambos de 20 anos.

Diante da situação, os agentes desembarcaram das viaturas e se abrigaram em diferentes espaços. Em seguida, pediram para que o guarda municipal largasse a arma que segurava.

Naquele momento, segundo a PM, Maurício, que até então não havia se identificado como guarda municipal, se virou com a arma em direção aos agentes, que dispararam.

Maurício foi baleado e socorrido ao Hospital Regional de Osasco, mas não resistiu aos ferimentos. Dois seguranças da casa de show presenciaram toda a ação.

Os policiais apuraram que o desentendimento entre Maurício e Mateus começou após o guarda municipal presenciar uma discussão entre o jovem e a namorada, na porta do estabelecimento.

Próximo ao local foi encontrado um veículo Fiat Siena, que pertencia ao GCM. Dentro do veículo os agentes localizaram outra arma de fogo. O carro foi entregue ao tio da vítima.

Todos foram conduzidos ao 10º Distrito Policial de Osasco, que pediu assessoramento ao Setor de Homicídios do município.

O Instituto de Criminalística de Barueri foi acionado para realização da perícia e exames residuográficos nas mãos dos policiais envolvidos na ocorrência e também da vítima. Foi solicitado exame necroscópico e toxicológico para Maurício.

As armas dos policiais militares assim como as duas armas de Maurício foram apreendidas. O mesmo ocorreu com os 13 estojos de munição encontrados no local.

O delegado entendeu que os policiais militares agiram “sob a salvaguarda da excludente de ilicitude do estrito cumprimento do dever legal, motivo pelo qual, deixou de lavrar o flagrante em relação ao homicídio, sem prejuízo de eventual modificação futura da capitulação”.

O caso foi registrado como homicídio simples (morte decorrente de intervenção policial), disparo de arma consumado e estrito cumprimento de dever legal.