As espinhas começam a ser frequentes na adolescência, mas as espinhas internas podem aparecer em qualquer época da vida. São mais doloridas e costumam inflamar com maior facilidade. A internet está cheia de métodos infalíveis para que a espinha erupcione ou regrida, mas será que realmente funcionam? Convidamos a dermatologista, Dr.ª Adriana Oliveira, para falar um pouco sobre o assunto e os cuidados que devemos ter com as espinhas.
Dr.ª Adriana conta que todas as espinhas se formam por oclusão, ou seja, o fechamento do duto pilossebáceo, uma obstrução do canal por onde saem o pelo e o sebo do corpo. “Todos os poros por onde saem os pelos possuem uma glândula sebácea. Se este sebo estiver com dificuldades para sair, ele se acumulará, ficando retido na pele. Isso acaba gerando um cisto, dando origem à espinha”, explica. Quando a espinha é interna, ela fica presa na pele, dificultando a erupção.
A inflamação da espinha interna é causada pela bactéria propionibacterium acnes, que é a responsável por desencadear o pus e deixar a espinha interna inchada.
A espinha interna pode erupcionar, eliminando o pus e resíduos da inflamação. Quando isso não acontece, o cisto que forma a espinha pode ser reabsorvido pela pele, curando-se naturalmente. Caso não ocorra nenhum dos dois casos, o cisto pode endurecer, formando uma fibrose, que só poderá ser retirada cirurgicamente.
Muitas pessoas, inclusive sites da internet, recomendarão que você esprema a espinha, porém, isso não deve ser feito. “Espremer a espinha só piorará a inflamação e o aspecto, podendo deixar uma cicatriz no local”, diz a doutora. O mesmo vale para maquiagem. Tentar disfarçar a espinha poderá piorar ainda mais a situação. “A maquiagem ajuda a fechar ainda mais os poros. Se não houver outro jeito, procure não ficar muito tempo com a maquiagem e use um bom demaquilante para retirar completamente o produto”, complementa.
Algumas pessoas apresentam espinhas internas com frequência. Nestes casos, é preciso um trabalho constante de prevenção. “Recomendo que a pessoa use um bom adstringente, limpando bem a pele. Fazer uma esfoliação uma vez por semana ajuda a eliminar a pele morta, que pode entupir os poros”, diz a dermatologista.
Para remover a espinha interna sem espremer, Oliveira recomenda que a pessoa procure orientação médica. Caso isso não seja possível, ela deixa algumas dicas que amenizam a dor provocada pela inflamação.
“Hoje, em qualquer farmácia, você poderá encontrar excelentes produtos para espinhas. Para amenizar a dor, compressas com água morna podem ajudar. No geral, recomendo aos pacientes anti-inflamatórios, que ajudam a secar e amenizam a sensação dolorida causada pela espinha interna”, conclui Dr.ª Adriana.
Uma dica, que encontramos na internet, são as compressas com chá preto. A doutora concorda e diz que este chá contém Camellia sinensi, que possui propriedades calmantes e pode ajudar ainda mais a amenizar a dor, além de agir como anti-inflamatório.
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