Já há algum tempo, utilizo a terminologia “overdelivery” para apresentar projetos de marketing e estratégias de comunicação para agentes políticos, porém, fui questionado sobre o significado deste termo.
No marketing, de maneira geral, trabalhamos muito com a “proposta de valor”, ou seja, o fator motivador que leva o cliente a comprar o seu produto e não o do concorrente. O overdelivery pode, também, se encaixar nesta ideia. O conceito por trás do overdelivery é entregar mais do que o cliente espera.
Ou seja, oferecer um “plus”, um benefício que não estava visível quando o cliente efetuou a compra. De maneira muito simplista, podemos dizer que a “faquinha de plástico” que acompanhava o rocambole da Pullman era “entregar mais que o esperado”.
Aplicando o overdelivery no Marketing Político
Aplicar o overdelivery no Marketing Político é importante, principalmente, no momento em que vivemos. O país atravessa uma hecatomba no cenário político, com prisões, escândalos de corrupção e descrença da sociedade na figura do político. Por isso, a importância de entregar mais do que se espera.
Hoje, um nome que desponta na política e faz um excelente uso dos mecanismos de marketing é o do prefeito de São Paulo, João Dória. Além de todas as estratégias de comunicação utilizadas, principalmente, na gestão de imagem, Dória tem feito bom uso do overdelivery.
Podemos citar o overdelivery do Dória quando este zerou as filas dos exames laboratoriais na cidade de São Paulo. A promessa de campanha era de que o problema seria resolvido, mas Dória foi além, não só “zerou” a fila, “zerou” e ainda colocou a população para ser atendida nos melhores hospitais da América Latina (Albert Einstein e Sírio-Libanês).
O overdelivery, no caso do agente político, permite um “wow!” a mais. Atingindo um público mais cético e sem aumento algum em serviços executados ou custo com assessoria, já que a entrega a mais pode ser feita apenas com criatividade.