Dois professores do campus Osasco da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) estão no meio de uma grande divergência de ideias dentro da Escola Paulista De Política, Economia e Negócios (EPPEN). Os docentes Abraham Weintraub e Arthur Bragança Weintraub são os autores de um comunicado aos cidadãos brasileiros falando sobre economia defendida pelo candidato.
Os profissionais da educação integram a equipe de especialistas do presidenciável de extrema-direita. No comunicado publicado no mês passado eles falam que “a construção de uma pauta propositiva moderna, dentro de parâmetros profissionais e éticos”, informam os professores. Tal carta desagradou os alunos do campus que se manifestaram contra o apoio dos doutores.
“O problema fundamentalmente reside em normalizar o candidato como legítimo e que supostamente merece nosso diálogo, pois compreendemos que o candidato não está de acordo com as primícias básicas de respeito aos direitos humanos e do ensino público, gratuito e socialmente referenciado”, manifestaram em nota os Centro Acadêmico de Economia, Centro Acadêmico de Relações Internacionais e o Diretório Acadêmico XIV de Março.
Os dois professores responderam à nota dos estudantes em tom jocoso e desvirtuam o conteúdo do debate afirmando que os alunos de economia “puxam a média do campus para baixo” e que “esperam ansiosamente pela ditadura do proletariado”, informou o Brasil de Fato.
“Cabe a nós, instituições de representação discente da UNIFESP, primar mais do que nunca pela defesa e consolidação deste espaço, tornando-o democrático, inclusivo e plural. O debate deve pressupor respeito mútuo, e o zelo mínimo aos Direitos Humanos encontra-se na ordem do inegociável”, completa a nota dos alunos.
Diante da polêmica e desconforto no Campus, a universidade se pronunciou por meio de uma nota. “A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) não é conivente com qualquer forma de violência. A liberdade de expressão, a pluralidade de ideias e o debate respeitoso e não violento são princípios básicos em qualquer instituição de ensino democrática, não partidarizada e laica”, comunicou.