A Polícia Militar (PM) localizou, nesta quarta-feira, 30, o corpo de uma vítima de assassinato na rua General Camargo, Morro do Socó, Portal II, no extremo norte de Osasco, atrás do Aterro Sanitário. O fato é rodeado de mistério, pois o cadáver encontrado desapareceu no momento em que o caso era apresentado no Distrito Policial.
O local é um lugar ermo, com bastante mata e lixos depositados por toda a parte e neste cenário foi encontrado o corpo em estado de decomposição homem de aproximadamente 25 anos, branco, cabelo castanho claro liso curto, aproximadamente 1,70 m. O morto foi localizado horas depois a poucos metros do local onde havia sido achado pela primeira vez.
Ao delegado os dois policiais informaram que “diante dessas circunstâncias, bloquearam a única rua que dava acesso ao local onde o corpo se encontrava e ficaram preservando sua entrada, sendo que esta entrada ficava a cerca de 100m do cadáver”. O mesmo estava em uma espécie de lixão em rigidez cadavérica. A morte foi confirmada por médico do Serviço Medico de Urgência (SAMU) do município.
Ao delegado plantonista do 10° Distrito Policial, Luiz Henrique Pacheco Tavares, os militares informaram que “compareceram na delegacia para informar a ocorrência enquanto uma equipe policial continuava preservando o local. Que hora nenhuma o local ficou sem a presença da Polícia Militar, que só não ficaram ao redor do cadáver porque se tratava de lugar ermo e muito perigoso, com algumas trilhas que davam para a favela, além de mata alta para todo lado, capaz de esconder qualquer um que quisesse se aproximar e surpreender-lhes, podendo causar-lhes algum mal”, relatou o delegado no Boletim de Ocorrência.
Para esclarecer o fato misterioso, os dois policiais explicaram a preocupação com a segurança deles. “A Comunidade Mandela” [desocupada em julho de 2015] é conhecida como área inóspita e de extrema periculosidade, sendo famosa pela violência e tráfico de drogas, onde inclusive já fora encontrado um policial morto [Cabo Alexandre dos Santos Braz, 43, encontrada na mesma região em 21 de outubro de 2014]”, declarou os PMs.
O delegado “ao tomar ciência dos fatos, a Autoridade Policial imediatamente se deslocou até o local e para surpresa de todos ali presentes, o corpo havia sido subtraído”. Ele solicitou perícia do Instituto de Criminalística (IC) “que fizeram a fotografação e recolheram amostras de sangue para futura confrontação caso o corpo seja encontrado”.
No BO ele confirmou a versão apresentada pelos PMs. “Constatou que de fato os Policiais Militares faziam o bloqueio da única rua que dava acesso ao local e que se tratava de lugar ermo, sem iluminação, com bastante mata, além de contar com trilhas nos barrancos que davam acesso a diversos pontos da favela”, registrou Tavares.
“Diante da impossibilidade de se realizar o exame necroscópico, ausência de testemunhas que tenham presenciado a morte ou que até mesmo conhecesse a identidade da vítima, determinou a Autoridade Policial o registro do presente como “Morte Suspeita”, tendo em vista o encontro de cadáver, em estágio de decomposição, no qual existiam apenas sinais de lesões na face que por si só não apontam para a produção violenta da morte”.
Procurada a Secretaria de Segurança Pública (SSP) disse em nota que “A PM instaurou inquérito policial militar para apurar se houve irregularidade. O caso é investigado como homicídio simples pelo Setor de Homicídios de Osasco”.