Na sessão desta quinta-feira (30), a Câmara de Osasco recebeu a visita do promotor Dr. Gustavo Albano Dias da Silva, responsável pela operação Caça-Fantasmas, do Ministério Público de São Paulo.
A operação Caça-Fantasmas continua investigando suposto esquema de funcionários fantasmas, na casa de leis do município. Em dezembro de 2016, as investigações foram responsáveis pelos mandados de prisão de 14 vereadores.
Convidado a acompanhar a sessão junto à mesa diretora, Dr. Gustavo preferiu acompanhar os trabalhos junto à plateia. “Agradeço o convite, mas prefiro assistir a sessão daqui, junto ao povo. Quando eu for falar, eu vou até a tribuna”, disse o promotor, ao ser convidado por Dr. Lindoso.
Fazendo uso da tribuna, o promotor tentou “explicar” o posicionamento do Ministério Público quanto aos cargos em comissão na câmara. “No entendimento do Ministério Público, a maioria dos cargos deveria ser de funcionários efetivos e não de comissionados.”
Além disso, o promotor também deixou claro que para a nomeação de cargos em comissão, é preciso que estes sejam justificafos. “Não estou falando que não podem ter cargos em comissão. O que deve estar claro é que a câmara deve estabelecer quais as funções de cada cargo”, explicou Dr. Gustavo Albano.
Em seguida, o promotor liberou o microfone para perguntas. Questionado sobre a informação de que alguns assessores, denunciados como “fantasmas”, não puderam entrar na casa ou estavam em outros locais na hora do cumprimento dos mandados de busca e apreensão, ele respondeu: “Quando cumprimos os mandados de busca e apreensão e questionamos os que não estavam presentes, fomos informados de alguns casos de pessoas que estavam fora da casa. Os que não encontramos foram indiciados. Quem foi indiciado, é porque o Ministério Público produziu provas”, respondeu o promotor.