Os professores do Unifieo que aderiram, no início de novembro, ao movimento de greve foram surpreendidos, nesta manhã de segunda-feira (6), com um telegrama, enviado pelos Correios, que anuncia a demissão por justa causa.
Para o Unifieo, a decisão é baseada na Art. 482 da CLT. De acordo com o documento, os professores faltaram às aulas reiteradamente, nos meses de novembro e dezembro, e deixaram de lançar as notas de avaliação dos alunos no segundo semestre, a N2.
A instituição ainda atribui aos professores a situação que o centro universitário enfrenta, com poucos ingressantes nos cursos e alunos pedindo transferência. “A sua desídia não afeta de morte apenas a instituição, são milhares de alunos que estão sendo prejudicados”, diz o Telegrama enviado aos professores.
O telegrama ainda diz que a paralisação dos professores, que estão há cinco meses com salários atrasados e não receberam o décimo terceiro, é abusiva, uma vez que a Justiça já determinou a hipoteca de um dos prédios do Unifieo, para que o repasse seja feito aos professores.
“Não há previsão de pagamento. Eles nos dizem que uma vez que temos a sentença de hipoteca, deveríamos trabalhar. Mas, hipoteca não tem liquidez, o prédio precisa ser vendido, e isso pode demorar anos para acontecer. Eles não tem previsão de pagamento para os meses correntes também”, disse a professora grevista Patricia Taylor, em contato com nossa reportagem.
Para Patricia, a demissão é ilegal já que o movimento de greve é fundamentado juridicamente e reconhecido, inclusive, pela instituição.